05 fevereiro 2019

Sonhar, planejar, executar... e nunca desistir!



Todos nós já tivemos aquele sonho/objetivo de vida que queríamos muito que se realizasse, certo? E quando contamos pra alguém, seja nossos pais - ou aquele amigo que sempre desabafamos e contamos nossos problemas -, ou eles dão aquele sorriso amarelo e um tapinha nas costas, ou começam a te falar uma lista interminável de coisas que você precisa fazer até conquistar esse sonho. Depois disso, a maioria de nós simplesmente desiste.


Não paramos pra pensar que, por mais que esses obstáculos e/ou barreiras pareçam impossíveis, será uma grande oportunidade de provar a nós mesmos que somos capazes. Que não importa o quão difícil é a jornada, não há nada que não valha a pena o risco. À menos, claro, que isso custe a sua vida, ou a de outra pessoa.

Sabemos que nem todo mundo tem as mesmas condições de vida e oportunidades nesse país, e que muitas vezes, todo esforço e suor não bastam para alcançar coisas grandes. Porém, não adianta desistirmos quando há uma luz no fim do túnel, mesmo que bem fraquinha, a estrada é longa mas não totalmente inalcançável.

Vou contar uma história pra vocês. Ela se trata da minha mãe, que é uma grande inspiração e meta de vida para mim.
Ela é a mais velha de três irmãs. Nasceu e cresceu numa casa que nem piso tinha, o chão era vermelhão. Com 12 anos, ela começou a trabalhar de babá e dava aulas de reforço para os colegas de turma que iam mal em algumas matérias, além de ajudar nas tarefas domésticas junto com as minhas tias. Meu avô não era um exemplo de pai, mesmo porquê, ele vivia castigando elas de formas que hoje seriam consideradas desumanas, mas nenhuma delas reclamou.

Com 20 e poucos anos, minha mãe começou a inchar absurdamente e a cada dia aparecia algum problema de saúde diferente. Ela foi em vários médicos na época e ninguém descobria o que ela tinha. Foram nove anos convivendo com isso, sentindo muitas dores, tinha dias que ela não conseguia mover um lado do corpo, dias que apareciam manchas pretas só de tocar a pele, enfim. Mesmo assim, ela continuava trabalhando, numa firma que era do outro lado da cidade. Naquela época, minha mãe só chorava e se perguntava por que estava sendo tão doloroso passar por aquilo, mesmo tempo apoio dos meus avós. Em 1989, ela sofreu um acidente de mobilete - uma espécie de moto com bicicleta motorizada, muito comum nos anos 80 -, e ela precisou passar por uma cirurgia. Viveu a base de líquido, pois a boca estava amarrada com ferros.

Finalmente, em 1991, descobriram o que estava causando todo aquele sofrimento à ela. Um tumor na hipófise, minúsculo mas benigno. Marcaram urgentemente a cirurgia e retiraram esse tumor. Minha mãe começou a desinchar absurdamente rápido, em seis meses ela já tinha perdido todo aquele peso, porém, a pele ficou bastante flácida. Ela teve direito à cirurgia plástica para corrigir isso, mas, das duas vezes que ela tentou, aconteceu algum imprevisto, e ela acabou desistindo e aceitando o corpo dela do jeito que estava. Em 1993 ela passou no concurso público do Tribunal de Justiça de São Paulo para escrevente judiciário e começou a trabalhar no fórum da minha cidade, onde está até hoje.

Hoje, ela diz que, por mais que esses anos tenham sido terríveis, ela não desistiu e manteve a fé de que tudo ia melhorar. Ela continuou na luta, mantendo sua rotina.

Ou seja, não importa quão difícil seja a caminhada, tudo vai valer a pena no final. Por isso, planejar com cautela e paciência é o primeiro passo. Dê um de cada vez, no seu ritmo e no tempo que você tiver. Você não precisa provar nada a ninguém, apenas a si mesmo!

Beijinhos e abraços motivacionais!

Um comentário:

  1. Achei a história da sua mãe incrível. Acho que nada melhor do que provar a si mesmo que somos capazes de qualquer coisa.

    "A gente não sabe do que é capaz até tentar"

    Um beijo e um pão de queijo ;*

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